sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Poesia

Laurel

Ficamos assim calados diante do absoluto;
Ele a nos olhar,
Não compreende o porquê
Deixamos de lutar por ele.
Já faz tanto, e tempo nem se fala,
Que meu coração se cala diante
Dos pensamentos. Eu só queria amar com
A simplicidade dos deuses...
Nem sei se a
Expressão é pura ou se me segura os punhos,
Como cordas de tristeza e decepção
A enrolar minha poesia ...
Basta calar a boca,

Os olhos deixar vagar por entre o banal e o desprezo
Não posso crer que a felicidade
É ilusão pros justos...
Seria então acaso tanta indiferença pela vida?
Se calo, morro aos poucos,
Se falo, sinto-me só.
Expressando é que percebo
O quanto estou difusa de toda a multidão.
Mas, às vezes, creio que mesmo distante
Eu prefiro tê-la, ela, a ilusão,
De que um dia encontrarei,
Em meio aos rostos confusos das vias , um olhar
Lúcido, esquecido, esperando por mim ...

Autoria
Luce'lia M

Poesia

Fotossíntese

Quando observo a vida respirar
Por todos os poros, emociono-me
Há dias que o sol parece
Morar dentro do espírito.
Então tudo é realidade, até
Mesmo o mais absurdo desejo,
Acreditar que alguém pode ser
A outra face de nós.
Tudo são momentos em diferentes
Estados de vibração,
E sempre passa,
Só a sede de aprendizado é que parece
Latente, presente, indiciplinadamente forte!

CTBA, 03/2002
Autora: Lucélia M

Poesia

Metalinguagem

Meu amor, no minuto seguinte que te deixei,
Já havia me arrependido.
Tua saudade cortava minhas cordas vocais
E meus olhos buscavam os teus.
Mas meu orgulho de poeta era tanto,
Que enrolei meu pranto em um poema seco e estéril,
Daqueles que se escreve pra rasgar ao término.
Agora já passado tanto tempo, exorcizo a saudade e seu signo.
A lâmina corta e o orgulho cura, como se orgulho
Fosse remédio pra quem só amou uma vez.
Autor
Luce'lia M