sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Poesia

Laurel

Ficamos assim calados diante do absoluto;
Ele a nos olhar,
Não compreende o porquê
Deixamos de lutar por ele.
Já faz tanto, e tempo nem se fala,
Que meu coração se cala diante
Dos pensamentos. Eu só queria amar com
A simplicidade dos deuses...
Nem sei se a
Expressão é pura ou se me segura os punhos,
Como cordas de tristeza e decepção
A enrolar minha poesia ...
Basta calar a boca,

Os olhos deixar vagar por entre o banal e o desprezo
Não posso crer que a felicidade
É ilusão pros justos...
Seria então acaso tanta indiferença pela vida?
Se calo, morro aos poucos,
Se falo, sinto-me só.
Expressando é que percebo
O quanto estou difusa de toda a multidão.
Mas, às vezes, creio que mesmo distante
Eu prefiro tê-la, ela, a ilusão,
De que um dia encontrarei,
Em meio aos rostos confusos das vias , um olhar
Lúcido, esquecido, esperando por mim ...

Autoria
Luce'lia M

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